segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

ANGINA

Angina do peito e infarto do coração
O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é uma das principais causas de morte nos países industrializados, sendo que 60% das mortes ocorrem na primeira hora do evento devido à Fibrilação Ventricular, uma arritimia cardíaca grave, que constitui parada cardíaca e, se não tratada precocemente, leva ao óbito.

Ele se caracteriza pela interrupção total do fornecimento de sangue (oxigênio e nutrientes) a determinada área do coração, provocada pela obstrução de um vaso sanguíneo que irriga esta referida região (artérias coronárias), seja por espasmo (contração) do vaso, seja por coágulo formado pela ruptura de um aplaca de gordura que obstrui o vaso, levando à morte de células do coração.

A Angina do peito caracteriza-se pela interrupção parcial da irrigação de sangue no coração, diferente do IAM onde esta interrupção é total. O IAM é mais grave porque geralmente deixa seqüelas (lesão no coração), além do risco de vida (pode matar).

A Angina é passageira e geralmente não deixa seqüelas, servindo como um aviso do perigo, pois frequentemente ela precede o Infarto Agudo do Miocárdio.aqui, o paciente deve procurar o cardiologista para um estudo completo do seu coração e o tratamento adequado, prevenindo o Infarto.

Este ocorre mais frequentemente durante os exercícios ou “stress” emocional, pois nestas situações a freqüência cardíaca (numero de batidas do coração) e a pressão arterial aumentam e o coração necessita de mais oxigênio. O suprimento de sangue levando oxigênio e nutrientes é feito pelas artérias coronárias, modificações neste suprimento geralmente causadas pelo entupimento destas artérias podem podem causar a angina ou o infarto.

Os principais fatores de risco para IAM são: Tabagismo, Diabetes Melito, Obesidade, Hipertensão Arterial, Sedentarismo. Hereditariedade, Colesterol e Triglicérides (gorduras do sangue) altos, dentre outros. Todos estes fatores devem ser avaliados por seu médico, que cuidará de aboli-los sempre que possível, reduzindo assim seu risco para Infarto Agudo do Miocárdio e Derrame Cerebral (AVC).

Os principais sintomas que podem surgir durante um IAM são: dor prolongada e de grande intensidade no peito, sensação de aperto, queimação ou peso no peito, que não melhora com o repouso ou uso de medicação específica (nitrato) por via sublingual.

Náuseas, vômitos, sudorese fria, respiração difícil, palidez cutânea e fraqueza geral. A dor pode ser referida nos braços, no pescoço, no queixo, nas costas, na boca do estomago. Batedeira no peito. Desmaio ou morte súbita. No paciente idoso e no diabético, o paciente enfartado do coração pode não apresentar dor.

Na Angina de peito, a dor é de duração mais curta e melhora como uso da medicação específica sublingual (exemplo: Isordil ou Sustrate), ou com o repouso. Aqui, o tratamento é a longo prazo, usando medicamentos específicos e tratando os fatores de risco coronarianos.

O paciente será submetdo a vários exames (eletrocardiograma, teste ergométrico, cintilografia miocárdica, bioquímica do sangue e, às vezes, ao cateterismo cardíaco, dentre outros). Cirurgias podem ser necessárias (angioplastia, stents, pontes de safenas).

No IAM, o tratamento é imediato, devendo ser iniciado ainda fora do hospital, já que a morte ocorre por complicações nas primeiras horas do vento. Dentro da ambulância do SAMU, ou outra, o paciente já começa receber os medicamentos adequados, até ser conduzido para uma UTI ou CTI do Hospital mais próximo. Como o IAM é a principal causa de morte no mundo, o mais importante é a prevenção, principalmente tratando todos os fatores de risco.

Dr. Márcio Cota - CRMMG 9643

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