quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Anemia

Anemia: muitos têm, poucos sabem
Fator genético ou falta de ferro no organismo são algumas causas da doença, que atinge 30% da população mundial.

A doença, caracterizada pela falta de ferro no organismo, atinge principalmente crianças, mulheres e idosos. No universo feminino, o problema é cada vez maior. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), 2/3 das mulheres em algum momento da vida podem apresentar anemia.

"Isso se deve à perda excessiva de sangue pela menstruação, carência de nutrientes ou por causas genéticas", afirma o hematologista Gustavo Betarello.

Por isso, informação e bons hábitos alimentares são fundamentais para evitar a doença, caracterizada pela diminuição das células sangüíneas vermelhas ou do nível de hemoglobina.

Segundo Dr. Bettarello, a diminuição dessas células reduz o transporte de oxigênio para os tecidos. "É necessário que a hemoglobina esteja presente em níveis adequados para garantir a oxigenação apropriada de todos os tecidos do organismo", ressalta.

Quando a oxigenação não ocorre corretamente, levando à anemia, o indivíduo pode apresentar sensação de fraqueza, mal-estar e palidez cutânea. Em casos mais graves, podem ocorrer falta de ar e insuficiência cardíaca. Para diagnosticar a doença basta um simples hemograma.

"Qualquer anemia deve ter sua causa investigada para que o tratamento apropriado seja instituído assim que possível. Às vezes, a primeira manifestação de uma grave doença pode ser uma anemia", ressalta Bettarello.

O tratamento depende da causa e da gravidade, mas comer alimentos ricos em ferro pode ajudar no tratamento e a prevenir a doença. "Beterraba, fígado, grão-de-bico, ervilha, rapadura, lentilha, cereais integrais, como nozes, castanhas e hortaliças podem complementar o cardápio para o paciente anêmico", ressalta a nutricionista Simone Castilho.

Para ela, é fundamental procurar um médico desde a primeira suspeita de anemia.

Como toda doença, se não for tratada a tempo, a anemia pode piorar substancialmente a qualidade de vida, diminuir o rendimento no trabalho e nas atividades físicas e, em casos mais graves, comprometer as funções cardíaca, renal e cerebral.

"Por mais que a doença possa ser simples, não se pode menosprezá-la. É importante a realização do hemograma pelo menos uma vez ao ano".



Fonte: Dr. Bettarello

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