quarta-feira, 10 de março de 2010

Artrite

O que é artrite reumatóide?
A artrite reumatóide é a mais freqüente das doenças articulares inflamatórias. Esta ataca principalmente as articulações, mas nos casos graves pode afetar outros tecidos.

A Artrite Reumatóide é um tipo de doença crônica e grave das articulações, que se apresenta sob várias formas. Em todas elas, provoca inflamação, dor e rigidez nas articulações afetadas. A doença pode aparecer sem aviso e, em certos casos, desaparecer de uma forma igualmente rápida. Em casos persistentes, as articulações enfraquecem e acabam por se deformar, a tal ponto que o seu funcionamento fica substancial ou mesmo totalmente prejudicado.

Há formação de células que “atacam” as articulações, provocando dor e inflamação da membrana sinovial (membrana que reveste a articulação), com destruição, deformação e incapacidade funcional progressivas e irreversíveis.

CARACTERÍSTICA

É caracterizada por articulações edemaciadas (inchadas) e dolorosas as quais se vão deformando progressivamente. Apesar da taxa de mortalidade estar aumentada nestes doentes, este parâmetro não constitui o maior problema. O maior problema reside sim na grave morbilidade (sofrimento) associada, a qual se deve à rigidez articular, dor crônica, fadiga e incapacidade funcional, limitando gravemente a vida dos doentes e seus familiares.

DESENVOLVIMENTO

Inicia-se normalmente por sinais inflamatórios a nível das articulações (dor, edema, rubor, calor). As articulações mais freqüentemente afetadas são os punhos e as metacárpicas proximais (palma da mão), podendo também ser envolvidas as do cotovelo, ombro, maxilar, anca, joelho, tornozelos e pés.

Em alguns doentes pode mesmo ter repercussões gerais graves, tais como vasculite, pneumonia, pericardite, etc.

Apesar da sua causa não estar ainda completamente esclarecida, a predisposição genética, influências hormonais e fatores ambientais como infecções bacterianas ou virais parecem estar envolvidos.

Apesar da incidência da AR ser baixa, trata-se de uma doença crônica progressiva, cujo início atinge uma faixa etária relativamente jovem e cujo impacto nos doentes e respectivas famílias é enorme.

DIAGNÓSTICO

A lesão articular é identificada ao RX em mais de 50% dos doentes com AR até aos 2 anos de evolução, e a progressão é a regra. A diminuição da capacidade funcional também é mais marcada na fase inicial da doença que na tardia. Cerca de 50% dos doentes ficam incapacitados de trabalhar 10 anos após o início da doença. A intervenção num estádio em que as lesões articulares, estão já bem estabelecidas, é demasiado tardia, não tendo já qualquer influência na evolução da doença, sendo o tratamento meramente sintomático.

Desta forma. o tratamento precoce com fármacos adequados e capazes de modificarem o curso da doença reveste-se de uma importância extrema.

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