Tabagismo: vilão da saúde
O tabagismo é considerado, hoje, um dos mais graves problemas de saúde pública no Brasil. Diversos tipos de cânceres (como o de pulmão, estômago, esôfago, boca, garganta, laringe, pâncreas, rim e bexiga) e tumores (como os de cabeça e pescoço) estão associados ao tabagismo.
Para cada três casos de câncer, pelo menos um está ligado ao consumo de cigarro. Além disso, o tabaco pode provocar derrames cerebrais afetando o sistema nervoso central, doenças vasculares e redução das defesas orgânicas, deixando a pessoa mais vulnerável à doenças infecciosas.
O ato de fumar é tão nocivo ao corpo humano que já, na primeira inalação (tragada), é possível identificar o mal que ele faz. Por exemplo, todos os iniciantes a essa droga tossem na primeira vez que a experimentam.
Isso acontece porque a temperatura elevada da fumaça (que chega a atingir 300ºC) provoca uma irritação nas vias respiratórias; afinal, a fumaça queima toda a via aérea por onde passa, até chegar ao pulmão.
Com o evoluir do processo, a pessoa passa a se acostumar com esses sintomas e já não mais sente os efeitos da fumaça, assim que esta entra em seu organismo; porém, os brônquios continuam sendo queimados, permanece a destruição da camada de cílios protetores da mucosa, que leva à produção de maior quantidade de muco (secreção pulmonar), resultando na chamada tosse dos fumantes.
A nicotina presente no cigarro causa dependência, que é considerada pelos médicos mais prejudicial do que outras drogas como álcool, cocaína e morfina, por exemplo, pois leva ao vício rapidamente.
As pessoas que fumam por muito tempo, mesmo que não apresentem nenhuma dessas manifestações ou doenças acima citadas, têm a capacidade do pulmão restringida e, por isso, têm fôlego mais curto e, em estágios mais avançados, dificuldade respiratória.
Um simples lance de escada pode fazer com que a pessoa que fuma se sinta muito mais cansada. Além disso, ela tem menos disposição e está mais propícia a gripes, resfriados e pneumonias.
Tratamento
O único, melhor e mais eficaz tratamento contra o tabagismo é parar de fumar. O primeiro passo a ser dado é se convencer, realmente, de que o cigarro não faz bem à saúde. Apenas dessa maneira, o vício poderá ser abandonado.
Parar de fumar de uma só vez é fundamental. Geralmente, os que tentam parar aos poucos não obtêm sucesso, pois reduzem a quantidade de cigarros nos primeiros dias, mas logo em seguida, são vencidos pela dependência.
Substituir o cigarro por água, sucos ou chás é uma boa opção. Além de eliminar algo nocivo para o organismo, esta é uma forma de adquirir um hábito saudável. Afinal, quanto mais líquidos forem ingeridos diariamente, melhor.
No início da luta contra o cigarro, não é aconselhável o consumo de bebidas que contenham cafeína, como os chás preto e mate ou o café, pois elas acabam sendo um incentivo ao fumo.
Outra ótima opção é fazer exercícios físicos. A caminhada, por exemplo, é um excelente remédio para melhorar a capacidade física; além disso, ela ajuda a ocupar a mente, que provavelmente só pensará em cigarro no período de abstinência causada pelo abandono do fumo.
Nas primeiras semanas, é normal ter um pequeno aumento de peso. Esta é uma reação do organismo, que agora consegue aproveitar melhor “algo” que antes precisava "dividir" com o fumo.
A tendência é de que, em cerca de seis meses, esses quilinhos extras desapareçam, pois dentro deste período, o organismo já estará desintoxicado. As caminhadas também podem auxiliar nesse processo.
A ajuda da família e dos amigos perante essa decisão é fundamental. Afinal, é muito difícil parar de fumar convivendo num ambiente em que existam outros fumantes, principalmente se estes ainda não se convenceram de que o cigarro realmente faz mal, não só para quem fuma, mas também para quem está ao seu redor.
Para combater o fumo
Existem, hoje em dia, medicamentos que podem auxiliar os que querem parar de fumar e não conseguem, mas a melhor forma de tratamento é procurar ajuda e orientação médica, pois, assim, poderão ser prescritos produtos que sejam eficazes e seguros.
Entre os mais conhecidos estão as gomas de mascar, pastilhas e emplastros, que reduzem a vontade de fumar.
Como contêm nicotina, esses produtos não ajudam a curar a dependência química do organismo. Em alguns casos, o médico poderá receitar antidepressivos e tranqüilizantes.
A acupuntura e auriculoterapia (método em que um pequeno artefato metálico – agulha - deve permanecer em uma das orelhas durante um mês), também costumam dar bons resultados, mas como são tratamentos em longo prazo, há muitos casos de desistência por parte das pessoas.
Apesar de todas essas colocações, o principal fator de sucesso no tratamento anti-tabagismo é a persistência. São muitos os casos de pessoas que não conseguiram se ver livres do cigarro nas primeiras tentativas, mas são ainda maiores os casos dos que venceram o vício pela persistência.
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