Incontinência urinária: mais uma opção de tratamento
A importância da fisioterapia está cada vez mais reconhecida na área da saúde, tanto nos casos de pós-operatório quanto nos casos em que sua eficiência chega a evitar uma intervenção cirúrgica. A incontinência urinária, que antes era resolvida apenas por cirurgia, hoje tem uma chance a mais através da fisioterapia. Oferecido pela Clínica Movimento Corporal - Núcleo de Estética, o tratamento para esse caso é pouco divulgado e conhecido, e auxilia pacientes que estão passando por esse problema.
A incontinência urinária é uma perda involuntária de urina que pode ser desenvolvida por algumas causas. Uma delas é na hora do parto, pois pode haver um trauma neuromuscular no assoalho pélvico; outro fator é o tabagismo, pois a nicotina estimula a contração do músculo detrusor, havendo a perda de urina; e a outra está na fase dos 45 aos 50 anos, idade em que, geralmente, as mulheres estão entrando na menopausa, onde ocorre uma deficiência de estrógeno e conseqüentemente, uma diminuição da pressão uretral, acarretando na perda de urina.
Segundo a fisioterapeuta da Movimento Corporal, Ana Paula Massaro, existem três tipos de incontinência urinária. “Uma delas é por esforço, quando a pessoa está correndo, andando ou mesmo tossindo; outra é quando a bexiga é hiperativa, havendo uma contração involuntária e a perda de urina; e a terceira é a bexiga neurogênica, quando a paciente teve alguma lesão neurológica, como AVC (acidente vascular cerebral), Parkinson e Esclerose Múltipla, por exemplo”.
O tratamento para casos de incontinência urinária engloba quatro passos que podem ser usados de acordo com o grau de força do músculo do assoalho pélvico e do perínio da paciente, com o objetivo de fortalecer esses músculos.
Eletroestimulação
A eletroestimulação é um deles, que é realizada através de uma sonda introduzida na vagina por onde passa corrente elétrica;
Exercícios perineais
Outro passo são os exercícios perineais, onde cones vaginais de 20 a 100 gramas são introduzidos e, por meio de explicações do profissional, a paciente realiza exercícios de contração;
Biofeedback
o terceiro é o biofeedback, realizado por uma sonda introduzida na paciente que, na medida em que a paciente contrai, o aparelho responde com um sinal visual e, através do aparelho, o profissional consegue medir a evolução da paciente; e o último são os nove exercícios em que não são usados meios externos, eles podem ser realizados tanto em pé, como sentada quanto deitada, e são passados pelo fisioterapeuta.
Mas esses exercícios não auxiliam apenas em casos de incontinência urinária, e sim também no desempenho sexual da mulher, pois ela tem um maior controle da sua musculatura. “Há uma melhora sexualmente, tanto no sentido de a paciente com incontinência que fica bloqueada por causa da perda de urina, quanto nos casos em que a paciente não sofre desse mal, pois elas têm mais domínio de suas contrações musculares”, afirma Ana Paula.
O tempo necessário para o restabelecimento da mulher com incontinência urinária varia de acordo com o quadro e o esforço de cada paciente, e os resultados são excelentes. “Chega uma hora que a paciente chega a um estágio como se ela não tivesse tido a incontinência, volta a ter o controle involuntariamente, sem pensar em controlar a urina. Bem estar social, esse é o resultado final”, acrescenta Ana Paula.
Fonte: www.temcura.com.br
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