quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

EPISTAXE

Sangramento pelo nariz (epistaxe)
O que é?

É a perda de sangue pelo nariz ou através deste para a boca, sendo mais freqüente em crianças (epistaxe: epi = oriundo de cima, staxis = sangramento).
Como ocorre?

Os vasos sangüíneos que nutrem a cavidade nasal rompem por vários fatores que normalmente são identificados facilmente. As causas mais comuns são as infecções virais ou bacterianas, as crises alérgicas, os traumatismos com o dedo, ambientes muito secos, traumatismos externos, medicamentos tópicos, drogas como a cocaína, fragilidade dos vasos sangüíneos (varizes, pequenos tumores).

A porção mais anterior do septo nasal (parede que divide o nariz em duas narinas) apresenta vasos sangüíneos frágeis. A maioria das epistaxes ocorre em crianças ou adultos jovens na porção anterior do septo, onde estes vasos sangüíneos sofrem lesão pelos fatores citados acima.
O que fazer?

Não se angustie, esclareça suas dúvidas e procure seu médico otorrinolaringologista.

A maioria das epistaxes têm resolução espontânea em aproximadamente 10 minutos e não necessitam atendimento médico. Devemos comprimir a parte lateral do nariz contra o septo do lado afetado por alguns minutos. Se esta compressão com o dedo não obtiver resultado, coloque um algodão embebido em água oxigenada ou em soluções com vasoconstrictores na narina afetada (após assoar o naiz) e aguarde.

Sente ereto, não deite a cabeça para trás. Isto reduz a pressão sobre as veias do nariz e evita que o sangue seja deglutido (não abaixe a cabeça também).

Após cessar o sangramento, não assoe o nariz nos próximos 7 dias e coloque pomadas de indicação médica no lado afetado três vezes por dia.

Não introduza nada nas narinas. Não tente limpá-las com cotonete, dedo, pinças, lenços, papel higiênico.

Use umidificadores para melhorar o ambiente seco, ou respire em cima de uma xícara com água quente (vapor).

Caso o problema se prolongar ou retornar, procure um especialista para o tratamento adequado.

O médico pode realizar a cauterização (química ou térmica) dos vasos sangüíneos afetados e controlar sua cicatrização.

Algumas vezes se faz necessário o tamponamento nasal nas mais variadas formas (algodão, gaze, esponjas ou materiais expansíveis) por um período de 24 a 48 horas. Quando retirados, quase a totalidade dos problemas estão em fase de cicatrização.

Pacientes com doenças da coagulação sangüínea (hemofilia) ou uso crônico de medicamentos que afetem a coagulação (aspirina, anticoagulantes orais ou injetáveis) devem ter sua dosagem adequada ou suspensos momentaneamente.

Pacientes em quimioterapia, com leucemia, ou pós-radioterapia sofrem freqüentemente de epistaxes de repetição.

Sangramentos de maiores proporções, mais prolongados ou já tamponados, posteriormente devem ser tratados com cirurgia para ligadura ou eletrocauterização destas artérias ou retirada dos tumores causadores (pólipos, tumores), preferencialmente sob anestesia geral.

Os cuidados pós-operatórios variarão segundo a magnitude dos procedimentos efetuados. Sempre haverá um inchaço, maior nos primeiros 2 dias, que gradativamente vai diminuindo. Em geral 7-10 dias é o tempo suficiente para o paciente retornar às suas atividades sociais e laborais.

É importante ressaltar que as alterações de cicatrização e acomodação dos tecidos em seu novo local seguem por mais algum tempo. Pelo menos três meses são necessários para se observar o resultado final do tratamento.


Fonte: www.endocap.com.br

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