terça-feira, 29 de março de 2011

A Gente, Deus e os Poderosos...

A GENTE, DEUS E OS PODEROSOS
Por Arlindo Montenegro
Esta senhora a quem apelidam Lady Nova Ordem Mundial, já é conhecida há muito mais de um século. Não sei bem quem a pariu, nem vou procurar. Mas alguns padrinhos famosos como o H.G.Wells, um membro da Sociedade Fabiana e admirador de Lenin, já defendia a moça. Depois de visitar Stalin, ele voltou à Europa Ocidental convencido de que aquela revolução “era um grande mal” devido à rigidez doutrinária dos bolcheviques.
Há quase um século, o intelectual socialista fabiano Wells, percebeu o que até hoje os nossos intelectuais não admitem. Os nossos ideólogos continuam defendendo Stalin e alguns governantes aplicam, do jeito que podem, as idéias do sujeito que perseguiu Trotsky pelo mundo inteiro até conseguir que o assassinassem no México. O sujeito que superou Hitler na “matança dos inocentes”, mas que até hoje é afagado na memória dos caolhos intelectuais e fanáticos revolucionários.
O governo da nova ordem mundial é similar àquele idealizado e defendido nos encontros doutrinários das Internacionais Comunistas. Só que o lado secreto do plano se tornou em parte acessível para os que se interessam pelo proprio destino. Agora sabe-se que o núcleo empresarial e banqueiros capitalistas, financiaram as idéias socialistas desde o nascedouro. Financiaram e possibilitaram, o desenvolvimento industrial e bélico tanto da União Soviética, quanto da Alemanha nazista.
Assim, nada de novo na nova ordem. É a continuidade de um velho projeto entre empresários e banqueiros do mundo capitalista, que continuam promovendo guerras de conquista e controle de territórios, favorecendo os estados fortes e controladores, no mesmo modelo do estado totalitário socialista, com umas poucas concessões para a iniciativa privada em sociedade e parceria com o estado, que nem fez Hitler na Alemanha.
O caráter internacionalista das concessões submete as decisões dos países “em desenvolvimento”, detentores de matérias primas cobiçadas para o desenvolvimento da indústria bélica e de segurança. Segurança para governantes, empresas e para a “nomenklatura”, que decide e gerencia a execução dos projetos parciais, em cada estado, em cada área de influência, seja ocidental, comunista ou do mundo islâmico.
Cada um destes blocos procura manter seus interesses e traços culturais já descaracterizados pela globalização da economia e agilidade da informação, o que ameaça planos do núcleo gerenciador mundial, que encontra dificuldade para lidar com a ética e a moral das religiões, campo de estrutura transcendente que vem sofrendo intenso bombardeio. Razaõ por que buscam impor a religião única em elaboração nos laboratórios do venenoso pensamento ONU-sexual.
Enquanto estes poderosos decidem e visitam seus executivos das nações “em desenvolvimento” cercados por aparatos de segurança espetacular, os mortais comuns que lidam com a sobrevivência, ficam pensando: ora… veja bem esse menino, até que um governo mundial ia cair bem, decidindo o que estes cabras safados dos nossos políticos ficam cozinhando em banho maria… – E voltamos à metodologia, à forma, à norma e principalmente à ética ligada à concepção de Deus presente e soberano sobre as decisões individuais dos governantes.
Aquele pedinte, aquele maconheiro alí na esquina, aquele vagabundo que espera para dar o bote na bolsa da moça que passa, o boy que arrisca a vida costurando o caminho entre carros, o caminhonheiro que transporta o feijão, o arroz ou o conteiner, o operador de empilhadeira, o bombeiro, a dona de casa, o estudante… que valor têm para o político, para o governante ou para o ativista do partido politico?
A gente é apenas um número na paisagem, cumprindo com a obrigação, para pagar o imposto cidadão, embutido em cada troca, com o limite do poder de compra de salários mínimos. Todos são iguais perante a Lei? A tal lei não passa de promessa… Na verdade, todos são iguais apenas perante a Lei de Deus. Diante do estado, todos são “massa de manobra”, à espera da tal paz mundial permanente, duradora, justa. Promessa mais que requentada. Parece até heresia pensar num mundo sem exércitos, sem guerras, sem mísseis, sem bandos armados e policiais se enfrentando. Um mundo em segurança habitado por humanos seguros de si, solidários, humanos civilizados, na verdadeira expressão da palavra.
A utópica Shangrila e o mundo intelectual descrito por Hermann Hesse em seu Jogo da Contas de Vidro não cabem nas previsões de Orwell ou de H.G.Wells, que descreveu o comando mundial de uma elite tipo “illuminatis”, anti-Cristo, mas não marxista no seu entender executores de atividades “perniciosamente destrutivas e impotentes diante de dificuldades materiais.” Parece descrição do momento que vivemos.
Mas neste mundinho onde se estreitam as fronteiras do pensamento e da comunicação, é sensível a transformação das ideias. Aumentam as redes de pessoas que trabalham na contra mão de governantes que elegem bandidos como exemplo. Estamos no limiar da religiosidade e conforto da presença de Deus, numa concepção pessoal que vai além dos limites das religiões e começa a ser avaliada pela ciência, que já tende a admitir o que alguns procuravam negar: Deus não se vê, mas está presente no comando. É só abrir o coração e deixar-se guiar pela presença d’O que está acima de tudo.
Ref.: http://www.chamada.com.br

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