De acordo com o dermatologista do Hospital Albert Einstein, Mário Grinblat, tanto o eczema atópico quanto a psoríase podem ser localizados ou disseminados. A psoríase é uma manifestação inflamatória em que o processo de renovação celular é acelerado. O eczema, ou dermatite atópica, por outro lado, está ligado à predisposição à asma ou rinite alérgica. Entenda as diferenças destes problemas tão comuns de pele.
Eczema
Também conhecida como dermatite atópica, é uma doença que causa coceira e inflamação na pele. Normalmente, afeta dobras de joelhos e cotovelos, rosto, mas também pode cobrir a maior parte do corpo. Eczema atópico geralmente ocorre em pessoas que têm uma tendência atópica. Isso significa que eles podem desenvolver uma ou as três condições, que estão estreitamente ligadas: dermatite atópica, asma e rinite alérgica. Essas doenças geralmente aparecem antes dos três anos de idade e muitas vezes continuam ao longo da vida. O eczema não é contagioso. Estudos indicam que as doenças atópicas são geneticamente determinadas ou herdadas. Uma criança com um pai que tem uma condição atópica tem uma chance em quatro de ter alguma forma de doença atópica.
Conheça os problemas mais comuns de pele: eczema e psoríase - Foto: Getty Images
O eczema geralmente aparece nas seguintes circunstâncias: quando a pele entra em contato com qualquer substância irritante como sabão ou alvejante, quando é exposta à água por muito tempo sem que se aplique um hidratante em seguida, quando há mudanças sazonais ou de umidade. Os sintomas incluem pele seca, descamação e coceira, fendas atrás da orelha, vermelhidão no rosto, braços e pernas que melhoram e pioram alternadamente. Durante as erupções podem se desenvolver úlceras com secreções e crostas devido ao ato de coçar ou por infecção.
De acordo com o dermatologista do Hospital Albert Einstein, Mário Grinblat, o tratamento da dermatite atópica pode durar muitos meses e até anos e quase sempre requer: redução da exposição aos fatores desencadeantes (quando possível), uso de emolientes (hidratantes) e esteroides tópicos continuadamente.
Psoríase
"Também é uma doença muito comum, de causa familiar em um terço dos casos", afirma Mário. Ou seja, existe uma tendência pessoal, determinada pela genética, para se desenvolver o transtorno. Segundo o especialista, dois terços da população têm psoríase: uma manifestação inflamatória em que o processo de renovação celular, produção e passagem das células da camada basal (mais profunda) para a córnea (a mais superficial da epiderme) é acelerado. Esta renovação, que normalmente leva um mês, na psoríase ocorre em poucos dias, porque as células se movem rápido demais.
Na maioria dos casos, a psoríase provoca manchas de pele grossa, vermelha, com escamas esbranquiçadas. Estas placas podem causar coceira ou dor e aparecem com mais facilidade nos cotovelos, joelhos e outras partes das pernas, couro cabeludo, parte inferior das costas, rosto, palmas das mãos e solas dos pés. Mas também pode ocorrer em outros lugares, incluindo as unhas das mãos e dos pés, genitais e no interior da boca.
Existem algumas opções para tratamento da psoríase. O objetivo é controlar a crise e deixar a pele sem lesões. Infelizmente ainda não há cura definitiva que elimine a tendência a se desenvolver novas placas. O sucesso no tratamento vai depender da gravidade da doença, do tamanho das placas, do tipo de psoríase e de como o paciente reage a determinadas prescrições, que não funcionam da mesma forma para todos.
Casos simples melhoram com cremes, sendo mais comumente prescritos os produzidos com cortisona. Se o número de lesões for maior, pode-se optar por tratamentos mais complexos, como medicamentos por via oral ou banhos de luz.
Mário Grinblat
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